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Mês de janeiro para os títulos do Tesouro Direto

01 de fevereiro de 2024 às 18:43:14

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Como foi o mês de janeiro para os títulos do Tesouro Direto?

Embora a divulgação do IPCA-15 tenha ficado abaixo do esperado, principalmente devido à passagem aérea, os serviços subjacentes vieram consideravelmente acima do esperado, com 0.68% em comparação com os 0.52% previstos. Isso é um fator importante na avaliação do ritmo de cortes dos juros pelo banco central e ponto importante na avaliação das taxas de juros, principalmente aliados com as atuais discussões fiscais. Além disso, dados da economia americana, especialmente indicativos de atividade forte, como um PIB acima do esperado, causaram uma pressão para o aumento da taxa das treasuries, o que também impacta nossas taxas de juros.

Dadas todas essas variáveis, as taxas de juros nominais apresentaram alta ao longo do mês, principalmente nos vencimentos mais longos, com a LTN julho/2027 abrindo 17 pontos base, encerrando em torno de 10,10%. Dessa forma, a curva de juros nominal brasileira seguiu o movimento das treasuries e terminou com uma inclinação maior do que no início do ano.

Quanto aos juros reais, nos últimos meses, as inflações realizadas têm ficado abaixo da inflação implícita, levando a um ajuste na curva e à redução da inflação implícita. Isso resultou em um movimento maior de abertura nos juros reais em comparação aos nominais, principalmente nos vencimentos médios e longos, com uma abertura de cerca de 25 pontos base, e a NTN-B com vencimento de agosto de 2028 encerrando próximo a 5,50%.

Quanto aos títulos pós fixados, as LFTs de curto prazo apresentaram, em média, resultados abaixo de 100% do CDI, apresentando uma volatilidade ligeiramente maior que o usual ao longo do mês, enquanto LFTs com prazos mais longos entregaram retornos acima do 100% do CDI.

 

Quais títulos comprar agora?

Dada volatilidade e incerteza causada pelo ritmo de corte de juros no Brasil e o início do afrouxamento monetário nos EUA, títulos com prazos de até 5 anos podem ser a melhor escolha. 

Com a abertura na taxa dos títulos indexados à inflação, posições em NTN-B parecem bastante atrativas tendo em vista o carrego atual em termos reais, próximo a 5,50%, além de ser um instrumento de proteção em casos de aumento da inflação.

 

De maneira geral, a abertura das taxas tanto nominal quanto real, fez com que os títulos públicos não apresentassem bons retornos. Até o dia 30/01, títulos pré-fixados e juros reais com vencimentos curtos tiveram retornos levemente acima do CDI, com a LTN 07/2024 tendo retorno de 0,96% e NTN-B 05/2025 de 1,0%, o que corresponde a aproximadamente 104% e 108% do CDI.

No entanto, devido à inclinação da curva de juros, títulos com prazos mais longos tiveram pior performance, com a LTN 07/2027 abrindo 20 pontos base na taxa, apresentando um retorno de 0,50%, o que corresponde a aproximadamente 54% do CDI, e a NTN-B 08/2060 apresentou abertura de 26 pontos base em sua taxa, com rentabilidade de -2,4%, ou -264% do CDI.

Quanto aos títulos pós-fixados, ao contrário dos outros ativos, prazos mais longos apresentaram melhor performance, com a LFT 03/2029 apresentando retorno de 0,96% frente a 0,93% do vencimento de 03/2025, o que corresponde 104% e 101% do CDI, respectivamente.

 

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